top of page

O impacto de eventos extremos nas micro e pequenas empresas

  • Foto do escritor: Leonardo Vaz
    Leonardo Vaz
  • 8 de dez.
  • 2 min de leitura

Um estudo recente do Sebrae mostrou que 63% das micro e pequenas empresas já sofreram impactos diretos de eventos extremos, como secas, enchentes, tempestades e ondas de calor. Quando a água falta ou sobra, quando o calor paralisa a operação ou quando a infraestrutura não aguenta, quem sente primeiro são os negócios que sustentam boa parte da economia brasileira.


O que mais chama atenção é que 94% desses empreendimentos precisaram reagir rapidamente para continuar funcionando, mas a maior parte dessas respostas ainda é improvisada. Apenas 18% das empresas possuem processos formais de gestão de risco, e 64% não têm um plano de adaptação. Ou seja, a crise chega primeiro, e a preparação vem depois (quando vem).


Isso não é porque falta vontade. Aliás, os números mostram exatamente o contrário: entre os negócios que receberam algum tipo de consultoria ou capacitação, 95% adotaram ações de mitigação, 83% melhoraram processos e 74% ganharam eficiência ou reduziram custos. Quando existe apoio, orientação e acesso à informação, o resultado aparece.


Ainda assim, há um desafio grande na agenda de mitigação: 65% das MPEs não monitoram suas emissões e 57% não adotam ações para reduzi-las. Só 6% têm metas formais. O financiamento é outro gargalo: apenas 5% acessaram crédito verde. Burocracia, juros altos e falta de informação travam um potencial enorme.


Esses dados deixam claro que as mudanças climáticas não escolhem porte empresarial, CNPJ ou faturamento. E, por isso, preparar-se não pode ser visto como luxo, tendência ou obrigação regulatória. É sobrevivência. É estratégia. É visão de futuro. 


Quando pequenos negócios recebem apoio, eles se movem rápido. Falta ampliar esse acesso, descomplicar caminhos e transformar conhecimento em prática antes que a próxima onda de calor, enchente ou estiagem bata à porta.


No fim das contas, estamos todos no mesmo planeta. E ele precisa continuar girando.

 
 
 

Comentários


bottom of page